Para quem se interessa por assuntos proféticos, a palavra ‘tribulação’ sempre vem à tona. O motivo desta postagem é para esclarecer o seu significado. Muitas pessoas têm visões pré-concebidas sobre a tribulação, associando esta palavra a um período de sete anos que antecede a a 2ª Vinda de Cristo, ou acham que todo esse período equivale ao derramamento da ira de Deus, o que não está correto.
A palavra tribulação, falando genericamente no contexto da Bíblia, tem a ver com algum tipo de sofrimento ou de perseguição. Em grego, figura na Concordância de Strong sob o número G2347. Sua tradução é:
- literalmente: ato de prensar, imprensar, pressão;
- metaforicamente: opressão, aflição, tribulação, angústia, dilemas (Strong). Vine define como sendo qualquer coisa que sobrecarrega o espírito. “Thlipsis” é derivado de “thlibo” (“ylibw“) que significa: prensar (como uvas), espremer, pressionar com firmeza; caminho comprimido.
Assim, a palavra tribulação, na Bíblia, usada no sentido metafórico (e não no sentido literal de prensagem de algo), tem o significado de aflição, opressão, angústia, sofrimento ou perseguição.
Há inúmeras passagens das escrituras falando sobre épocas em que personagens do Antigo ou do Novo Testamento passaram por períodos de aflição / tribulação, muitas tribulações por causa do Evangelho.
E a tribulação relacionada aos assuntos de escatologia? Normalmente quando se fala na tribulação que precederá a 2ª Vinda de Cristo, a vasta maioria das pessoas imediatamente a associa a um período de 7 anos. Essa premissa, no entanto, resulta de um entendimento equivocado de um trecho de Daniel capítulo 9.
Por que 7 anos de tribulação
O entendimento de que os crentes serão arrebatados antes de um período de sete anos, chamado de ‘tribulação’, decorre dos seguintes pressupostos:
- Que a 69ª semana da profecia das 70 Semanas de Daniel teria se encerrado quando Jesus entrou triunfalmente em Jesuralém, no ‘Domingo de Ramos’, que naquele ponto teria havido uma pausa no relógio profético de cerca de 2000 anos, e que, portanto, a 70ª semana inteira (conjunto de 7 anos) da profecia de Daniel 9 precisaria começar 7 anos antes da 2ª Vinda, e que todos esses 7 anos seriam de tribulação;
- Que a tribulação aconteceria desde o primeiro dia dos últimos 7 anos antes da volta de Cristo porque, no entendimento de alguns, o derramamento da ira de Deus aconteceria desde a abertura do 1º Selo descrito em Apocalipse;
- Que o 1º Selo é aberto logo no início do período de 7 anos da tribulação.
Duração da tribulação
A seguir, explicamos por que o entendimento acima está errado, por meio de um conjunto de perguntas e respostas.
Quando terminou a 69ª semana?
Se a 69ª semana de anos de Daniel terminou com a entrada ‘triunfal’ de Jesus em Jerusalém (ou da Sua crucificação, como alguns afirmam), então o período de 7 anos que precede a volta de Cristo, equivalente à 70ª semana de Daniel, será a tribulação? A resposta é não.
Daniel 9:26 diz que o Messias seria morto depois da 7ª ‘semana’ (de anos) + 62 semanas (de anos), o que equivale a dizer que seria morto depois da 69ª semana. Depois da 69ª semana significa que é no decorrer da 70ª semana (a última dessa profecia). Na cultura judaica, os ciclos sabáticos são sempre contados a partir de um novo ano do calendário hebreu. Assim, logo após o decreto para a restaurar e reconstruir a cidade de Jerusalém, os judeus começariam a contar os conjuntos de 7 anos da profecia no dia de Ano Novo, do calendário hebreu, imediatamente subsequente ao tal decreto. Com isso, cada conjunto de 7 semanas necessariamente começaria durante as festas judaicas que acontecem no outono do hemisfério norte. O Ano Novo hebreu cai no 1º dia do mês de Tishri (Festa das Trombetas ou Yom Teruah). Em anos do Jubileu, o Jubileu é liturgicamente declarado e comemorado no Dia da Expiação (Yom Kippur), que cai no 10º dia do mesmo mês. Jesus foi crucificado em uma Páscoa, que sabemos acontecer sempre na primavera do hemisfério norte. Portanto, é impossível que a 69ª semana de Daniel tivesse se iniciado 7 anos antes, durante a primavera. A 69ª semana, na realidade, terminou durante as festas de outono do calendário hebreu, no ano do início do ministério público de Jesus. A 70ª semana começou naquele ponto e durou 3 ½ anos, até o dia da crucificação de Jesus.
A origem da 70ª semana foi o início do ministério público de Jesus, na Terra, o que ocorreu no dia em que Ele foi batizado por João Batista, no Rio Jordão, em algum dia das primeiras semanas do 1º mês (Tishri) do calendário hebreu. Como o ministério de Jesus durou 3 ½ anos, a crucificação, na Páscoa judaica, ocorreu exatamente na metade da 70ª semana de anos, quando o ‘relógio profético’ da Profecia das 70 Semanas de Daniel teria sido ‘pausado’ (ou, alternativamente, multiplicado e adiado). Quando a ‘pausa’ ou ‘adiamento’ profético chegar ao fim, a 2ª metade da 70ª semana terá início, precisamente em uma semana da Páscoa, em um ano futuro. Desse ponto em diante, que é marcado pela Abominação Desoladora (dia em que o Anticristo será coroado) faltarão somente 3 ½ anos para a 2ª Vinda de Cristo, não 7 anos. Em outras palavras, no que se refere à 70ª semana da profecia de Daniel, a primeira metade já foi profeticamente cumprida pelo ministério de Cristo, na Terra, até o dia da Sua morte. Falta somente a 2ª metade dessa semana profética.
Para uma explicação em maior profundidade sobre esse assunto, leia o nosso artigo “Por que não existe uma tribulação de 7 anos“.
1260 dias mais 1260 dias não resulta em 7 anos de tribulação?
Se Apocalipse 11:3 diz que as Duas Testemunhas terão um ministério de 1260 dias, e serão mortas pela Besta ao término do seu ministério, então isso não equivale a um outro período de 3 ½ anos que ocorre antes da retomada da 2ª metade da 70ª semana da profecia de Daniel? Isso então não significa que existe um período de 7 anos? A resposta para a pergunta acima é sim! Contudo, alguns aspectos precisam ser levados em conta para que não haja conclusões equivocadas:
- o ministério das Duas Testemunhas será anterior ao início da retomada da (2ª metade da) 70ª semana e não é dito em lugar nenhum da Bíblia que haverá tribulação durante o início do ministério delas;
- o ministério das Duas Testemunhas não será necessariamente público, e pode ser dirigido a um determinado grupo de judeus, em discipulado privado, sem que o mundo em geral tenha conhecimento que as Duas testemunhas já estejam presentes e ativas, na Terra. O papel das Duas testemunhas será preparar um grupo de judeus para a vinda do Messias, de uma maneira análoga ao que João Batista fez no 1º Século. Observe que o início do ministério de João Batista não foi público. Somente bem mais tarde é que o ministério de João Batista se tornou público e, poucos meses depois, João foi assassinado por Herodes. Mais sobre isso no artigo “As Duas Testemunhas de Apocalipse 11“.
Portanto, não será possível afirmar que faltam ‘7 anos’ para a 2ª Vinda a partir do início do ministério das Duas Testemunhas, porque o início do ministério delas não será público! Provavelmente, elas só serão publicamente conhecidas quando o templo em Jerusalém for construído, já que um de seus papéis será a reconstrução do templo. O templo precisa estar inaugurado e operante antes do momento da coroação do Anticristo, uma vez que sabemos que a Abominação Desoladora acontecerá no templo. É possível que a inauguração do templo só venha a acontecer poucos meses antes do início 2ª metade da 70ª semana.
O que realmente indicará que a abertura do 1º Selo está próxima será o ‘sinal do dragão‘. Mais sobre isso no artigo “O sinal da mulher e o sinal do dragão“.
Como a Igreja atual pode estar na Terra após o início dos 7 anos, se os crentes não foram destinados à ira de Deus?
De fato, os crentes não foram destinados para a Ira de Deus. Os versos seguintes demonstram isso:
“E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura.” 1 Tessalonicenses 1:10
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Tessalonicenses 5:9
Portanto, é correto afirmar que, quando Deus derramar a Sua ira sobre o reino da Besta, não poderá haver crentes em Cristo como alvos desse juízo. Todos já estarão no céu, tendo chegado lá mediante o falecimento antes, ou via um arrebatamento. Ocorre que o dia do derramamento da ira de Deus será “depois da tribulação daqueles dias” (Mateus 24:29-51), vários meses após o início do reino da Besta. A Bíblia não diz exatamente quando será o ‘Dia do Senhor’, que começa com o derramamento da ira de Deus. Só sabemos que será depois do início do reino da Besta e antes da 2ª Vinda visível e gloriosa de Cristo. Portanto, não há nenhuma contradição com a existência de crentes na Terra no início do período de 7 anos que precede o retorno de Cristo, nem mesmo no início dos últimos 3 ½ anos.
Os eventos dos selos e trombetas não são, ainda o derramamento da ira de Deus. Quando Cristo toma o pergaminho (o ‘livro’) e começa o processo da abertura dos Selos, trata-se do processo de início da retomada do domínio da Terra. Antes do início do Reino Milenar de Cristo, Satanás, todos os anjos caídos, a Besta, o Falso Profeta e todos os que forem leais à Besta serão expulsos da Terra.
Dessa forma, a abertura do primeiro Selo não corresponde ao início do derramamento da ira de Deus. Trata-se do início do processo do exercício do resgate da Terra, tomando-o a das mãos do seu gestor anterior. A abertura de cada selo representa o passo a passo da alteração do domínio da ‘propriedade’ e do ‘despejo’ do seu usurpador. Mais informações sobre isso no artigo “A restauração do domínio da Terra“.
Assim, só porque coisas trágicas acontecem após a abertura do 1º Selo, e porque foi o próprio Cristo que abre os selos, não significa que todo o período da abertura dos selos de Apocalipse seja o derramamento da ira de Deus. A ira de Deus só é derramada depois da abertura do 6º Selo. Do 1º Selo até antes do 6º Selo, são os acontecimentos causados por Satanás e seus seguidores, inconformados com a perspectiva de retomada da Terra que a abertura dos selos pelo Cordeiro (Cristo) representa. De maneira alguma a totalidade do período dos últimos 7 anos antes da 2ª Vinda equivale à ira de Deus.
Como se não bastassem os argumentos acima, o próprio Jesus disse, em Mateus 24:22,29, que certos eventos diretamente relacionados ao Dia do Senhor (que começa com o derramamento da ira) aconteceriam “depois da tribulação daqueles dias”. Portanto, a data do dia do derramamento da ira de Deus acontece, possivelmente, alguns meses antes da 2ª Vinda de Cristo.
Cabe mencionar, ainda, que o derramamento da ira de Deus acontecerá sobre o reino da Besta e não aniquilará a totalidade dos que estão na Terra. Se isso acontecesse, não haveria nenhum ser humano mortal na Terra para povoar o reino milenar de Cristo, e nós sabemos que, quando Cristo voltar, juntamente com todos os seus santos (os crentes salvos, em corpos glorificados e imortais), Ele reinará sobre povos e nações, cujos habitantes estão em seus corpos naturais, após o evento conhecido como Julgamento das Nações, ou Julgamento das Ovelhas e Bodes, narrado em Mateus 25:31-46.
A abertura do 1º Selo não acontecerá logo no 1º dia do período de 7 anos conhecido como tribulação?
Não há nenhuma passagem na Bíblia que diga que o período de 7 anos que antecede a 2ª Vinda de Cristo começaria com a abertura do 1º Selo de Apocalipse. Essa inferência decorre do fato de as pessoas terem a premissa de que a 70ª Semana de Daniel inteira, com 7 anos, seria a tribulação, e não levarem em conta que a 1ª metade da 70ª semana já foi profeticamente cumprida. Da profecia das 70 Semanas, agora falta somente a 2ª metade da 70ª semana.
Então o 1º Selo seria aberto quando faltar somente 3 ½ anos para a 2ª Vinda? Não! O início da 2ª metade da 70ª Semana começará com a coroação do Anticristo, no dia da Abominação Desoladora. Esse evento acontece poucas semanas depois do 5º Selo. A abertura do 1º Selo precisa acontecer pelo menos 6 meses antes do dia da coroação do Anticristo.
O 1º Selo de Apocalipse é aberto somente após a chegada do grupo simbolizado pelos ’24 anciãos’ (número simbólico) diante do trono de Deus (que entendemos representar um grupo de crentes ressuscitados e/ou arrebatados), para que possam desempenhar a função de sacerdotes diante do trono de Deus, já que Cristo precisará deixar a sua posição de Sumo Sacerdote, que hoje exerce, para iniciar as Suas providências de início de redenção da Terra e do Seu governo milenar. Somente após a apresentação dos ’24 anciãos’ diante do trono de Deus é que Cristo toma o pergaminho e abre o 1º Selo. Confira em Apocalipse capítulos 4 e 5.
A janela de tempo possível para a abertura do 1º Selo poderá ser de menos de 7 meses antes do dia do início da 2ª metade da 70ª Semana. Os selos de número 1 a 5 acontecem antes dos 3 ½ anos finais, ou seja, antes do início da segunda metade da 70ª semana de Daniel.
O que significa a Grande Tribulação?
Na Bíblia, encontramos 3 (três) diferentes menções a alguma ‘grande tribulação’, que tratam de situações distintas. São elas:
- A primeira menção se refere a uma Grande Tribulação para os crentes em Cristo (Apocalipse 7:9-15) que estiverem na Terra após o 1º arrebatamento, que terá acontecido antes da abertura do 1º Selo. A expressão ‘grande tribulação’ aparece no verso 14 dessa passagem. Poucas semanas antes do início do reino da Besta, eles serão perseguidos pelo sistema da ‘Prostituta’/’Mistério Babilônia’. Milhões de crentes serão martirizados por esse sistema. A ‘Prostituta’ é descrita como estando embriagada com o sangue dos santos. Veja Apocalipse 17:4-6.
- A segunda menção se refere a uma Grande Tribulação para os judeus (Mateus 24:20-22), que acontecerá logo após a ressurreição do Anticristo, quando o 7º rei / Besta Escarlate morrerá e será possuído pelo espírito do anjo caído Apoliom, 3 ½ anos antes da 2ª Vinda de Cristo, tornando-se o 8º rei / Besta do Mar / ‘Anticristo’. O Anticristo começará severa perseguição ao povo judeu, o que equivalerá à ‘Grande Tribulação’ para Israel e a retomada do relógio profético da 2ª metade da 70ª semana de Daniel. A partir daí é que será imposta a marca da Besta (sinal na mão ou na testa) para quem quiser comprar ou vender, e a adoração da imagem da Besta. Não antes. A ‘grande tribulação’ para os judeus é após o início do reino da Besta e não se confunde com a ‘grande tribulação’ para os cristãos, que será poucas semanas antes.
- A terceira menção é a ‘grande tribulação’ que Cristo menciona na carta à Igreja de Tiatira, em Apocalipse 2:22, que Ele mesmo causará àqueles que estiverem envolvidos com o sistema religioso apóstata da ‘Prostituta’, que será julgado. Ele alerta para que os crentes que saiam desse sistema. As cartas dirigidas por Cristo às 7 Igrejas, em Apocalipse, são mensagens cifradas para grupos de crentes que estiverem vivos durante a tribulação, em especial aos 144k de Israel. Ao contrário do que costuma ser ensinado, não são mensagens destinadas à Igreja nos últimos 2.000 anos, embora tenham aplicação prática para nós e, de fato, terem existido igrejas cristãs naquelas localidades, no 1º Século.
Conclusão
Nos anos que precedem a volta de Cristo, haverá, certamente, muitos acontecimentos difíceis e bastante problemáticos na Terra. Isto não significa que essas dificuldades já sejam o derramamento da ira de Deus. Afinal, se houver um único crente na Terra, Deus não derramaria a Sua ira, porque Ele é fiel à Sua Palavra, que diz que os crentes não são destinados à ira de Deus.
A abertura do 1º Selo do pergaminho (‘livro’) narrado em Apocalipse é o acontecimento que deflagra uma intensa reação de Satanás, e uma série de acontecimentos extremamente desafiadores na Terra, que podem, sem qualquer sombra de dúvida, serem chamados de tribulação. Contudo, não significa que isso acontecerá 7 anos inteiros antes da 2ª Vinda. A 1ª metade da 70ª Semana já foi cumprida no 1º Século. Da profecia das 70 semanas de Daniel, que foi dada ao povo de Daniel (os israelitas/judeus), faltam somente 3 ½ anos para serem profeticamente cumpridos (1ª metade da 70ª Semana). Esses 3 ½ anos precisam começar em uma semana da Páscoa do calendário hebreu, porque foi o ponto onde a 1ª metade foi concluída. Além disso, a Páscoa judaica é sempre 3 ½ anos antes do Dia da Expiação, o qual, provavelmente, será a data da 2ª Vinda visível e gloriosa de Cristo.
O período que seria correto denominar de ‘tribulação’ será a partir a abertura do 1º Selo de Apocalipse. Nesse dia, já terá havido um (1º) arrebatamento, porém ainda haverá crentes na Terra. Os 144.000 israelitas, por exemplo (o que pode ser um número simbólico), que serão os novos ‘apóstolos’ depois do arrebatamento, serão crentes e estarão na Terra, com grande derramamento do Espírito Santo sobre eles e sobre muitos gentios também. Haverá, também, novos convertidos de todas as nações. Essas pessoas precisarão perseverar e confiar em Cristo, porque enfrentarão uma ‘grande tribulação’ para os crentes. Independentemente do que aconteça, a fidelidade a Cristo será fundamental. Haverá uma grande quantidade de crentes que serão martirizados pelo sistema da ‘Prostituta’ (e que imediatamente chegarão ao céu e receberão os seus corpos ressuscitados) e também haverá um 2º arrebatamento (de grande parte dos 144.000) antes do início do reino da Besta. Os mártires do sistema da ‘Prostituta’/’Mistério Babilônia’ são aqueles descritos em Apocalipse 7:9-10, provenientes de todas as nações. Até esse ponto, o Anticristo não terá ainda iniciado o seu reino e, portanto, ainda não haverá nada relacionado à exigência da ‘marca da Besta’.
O reino da Besta (Anticristo) durará exatamente 42 meses e uma grande perseguição dos judeus começará. Esse período será chamado de a ‘grande tribulação’ dos judeus. A essa altura, quase não haverá mais crentes na Terra. Os crentes que sobreviverem e que não aceitarem a marca da Besta serão resgatados (via um 3º e último arrebatamento) instantes antes do inicio do ‘Dia do Senhor’, cujo dia e a hora são da exclusiva prerrogativa de Deus, antes de esse prazo de 42 meses do reino da Besta se completar. Logo após o arrebatamento dos últimos eleitos na Terra, Deus então derramará a sua ira. O reino da Besta continuará até se completarem os 42 meses, mas os crentes que restavam na Terra serão levados para o céu via um arrebatamento, em um dia que ‘ninguém sabe o dia nem a hora’, em que Cristo virá ‘como um ladrão da noite’. Esse grupo de crentes, que sobreviveu à ‘grande tribulação’, sem aceitar a marca da Besta, são chamados, na Bíblia, de “vencedores”. As passagens bíblicas que dizem que “os que perseverarem até o fim serão salvos” (como em Mateus 10:22, Mateus 24:13 e Marcos 13:13), referem-se a esse grupo de crentes, durante a grande tribulação, que não devem aceitar a marca da Besta e precisam perseverar, porque Deus mandará um resgate para eles, por meio de um último arrebatamento. Eles não serão alvos da ira de Deus.
Chamar o período final inteiro de sete anos, que antecede a 2ª Vinda, de tribulação, não tem fundamento. Afinal, como vimos, a tribulação, de verdade, começará após a abertura do 1º Selo, que pode vir a ser aberto cerca de 6 meses antes dos 3 ½ anos que precedem a 2ª Vinda de Cristo. Vimos, também, que o grupo simbolizado pelos ’24 anciãos’ chega no Céu, diante do Trono de Deus, antes de o Cordeiro (Cristo) tomar o livro e abrir o 1º Selo. Isso quer dizer que o 1º arrebatamento será antes da abertura do 1º Selo de Apocalipse.
◊◊
Você está seguro do seu destino eterno? Tem a certeza e a alegria da sua salvação eterna, em Cristo Jesus? O momento para isso é o dia que se chama hoje! Conheça a nossa página da Salvação.