Nesta postagem, trataremos de como os grupos de crentes chegam ao céu.
Sabemos que, quando um crente morre, sua alma é levada ao céu, enquanto o seu corpo jaz, sujeito à putrefação, virando pó. O Novo Testamento usa o termo ‘dormir’, como uma referência ao estado do corpo recém sepultado, como se estivesse ‘dormindo’. Sabemos, porém, que a alma não está em estado de ‘sono’ ou de ‘morte’. As almas dos crentes falecidos estão no céu, vivas e conscientes, na presença do Senhor.
Os crentes falecidos que estão no céu não ganharam, ainda, um corpo ressuscitado. Eles são identificáveis, espiritualmente, mas o único ser humano que já possui um corpo ressuscitado e glorificado no céu, atualmente, é o Senhor Jesus Cristo. Nenhum outro ser humano falecido já ganhou o corpo glorificado como Jesus tem hoje, Cristo, porque isto só irá acontecer no dia em que a trombeta tocar e os mortos em Cristo forem ressuscitados. É bastante possível que os crentes falecidos recebem os seus corpos novos no céu, onde eles já estão — e não na Terra.
“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” [Hebreus 11:39,40]
No mesmo momento em que a ordem for dada, os crentes vivos terão os seus corpos transformados, aqui na Terra. Esse é o mistério revelado pelo apóstolo Paulo:
“E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.
Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.
Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,
num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” [1 Coríntios 15:49-54]
Esta passagem não está descrevendo o arrebatamento: é uma passagem que relata o mistério da transformação dos corpos dos crentes vivos, sem experimentarem a morte. É isso que acontecerá ‘em um abrir e fechar de olhos’, e não o evento do arrebatamento. O arrebatamento até poderia acontecer alguns minutos depois, ou horas depois, ou dias depois. A passagem só está se referindo à transformação dos corpos dos crentes vivos sem passar pela morte, nada mais. Este acontecimento era um mistério não revelado nas escrituras, até então.
A partir do momento em que crentes falecidos no céu ganharem os seus novos corpos ressuscitados é que certos eventos no livro de Apocalipse começam a acontecer, tais como a apresentação desses crentes falecidos diante do Trono de Deus. Veja essa passagem:
“Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.
Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.” [Apocalipse 4:2-4]
As vestes brancas simbolizam os seus corpos glorificados que, até então, eles ainda não tinham, porque estavam espiritualmente no céu.
O grupo dos ’24 anciãos’ descrito em Apocalipse 4 representa crentes falecidos que estão espiritualmente no céu, no momento em que Cristo ordenar a ressurreição desse grupo, quando eles ganharão os seus corpos. O número 24 é simbólico, e será melhor explicado em uma postagem sobre esse grupo específico.
Então, o que acontece? Crentes falecidos que estão no céu ganham seus corpos ressuscitados, crentes vivos que estão na Terra são transformados e, em algum momento posterior, arrebatados ao céu, e a Igreja toda chegou ao céu? A resposta é um sonoro ‘não‘. O livro de Apocalipse claramente descreve mais do que esses dois grupos de crentes chegando ao céu. A identificação desses grupos é precisamente o tema desta postagem.
O livro de Apocalipse é o único livro da Bíblia que foi dado como revelação direta de Deus Pai, para o Seu Filho Jesus. Cristo os proporcionou a nós, por intermédio de um anjo, que o entregou ao apóstolo João. Todos os outros livros da Bíblia foram dados por inspiração do Espírito Santo, mas o livro de Apocalipse contém informações inéditas e que foram reveladas diretamente por Deus Pai. É nosso privilégio e nosso dever buscar entendimento sobre assuntos proféticos primordialmente neste importante livro.
Vemos, no livro de Apocalipse, na realidade, diferentes grupos de crentes chegando ao céu, seja por meio de ressurreição, ou de arrebatamento, ou de morte com ressurreição imediata ou posterior. São eles:
- Os grupo simbolizado pelos ’24 anciãos’ descritos em Apocalipse 4 e 5;
- Os mártires da ‘Prostituta’;
- O grupo simbolizado pelos ‘144.000 de Israel’ (‘144k’);
- Os que venceram a ‘Besta’ (os ‘vencedores’ / ‘vitoriosos’);
- Os mártires da Besta.
Em outra postagem (neste link), explicaremos cada um desses grupos. A compreensão de como cada grupo de crentes chega à ‘sala do trono’ de Deus, em etapas, é essencial para entender adequadamente o livro de Apocalipse.
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