No capítulo 20 do livro de Apocalipse (link aqui), é mencionado que Cristo reinará durante um período de mil anos (o Milênio, ou ‘reino milenar de Cristo’). Dependendo da forma como alguém interpreta a questão do reino milenar, poderá ser um pré-milenista, um pós-milenista ou um amilenarista.
Tentando sintetizar essas três perspectivas de uma maneira objetiva e simples, sem entrar nas subcategorias que pode haver em cada uma dessas linhas de interpretação, diríamos que:
Os pré-milenistas entendem que o período de mil anos, mencionado 6 (seis) vezes em Apocalipse 20, é literal e futuro. Entendem, literalmente, o que a passagem está dizendo, no sentido que Satanás será preso e lançado no abismo, onde ficará por 1.000 anos, fora de ação, enquanto Cristo inicia um reinado físico e literal na Terra. Ao término do período do milênio, Satanás será solto por um tempo, para determinado propósito, e em seguida jogado no Lago de Fogo para sempre, conforme diz a passagem.
O pós-milenismo ensina que os 1.000 anos de Apocalipse 20 ocorreriam antes da Segunda Vinda, e que o período de 1.000 anos seja metafórico, significando, simplesmente, “um longo período de tempo”. O pós-milenismo espera que a proclamação do evangelho ganhe a vasta maioria dos seres humanos para Cristo na presente era. O aumento do sucesso do evangelho produziria, gradualmente, um tempo na história, antes do retorno de Cristo, no qual a fé, justiça, paz e prosperidade prevaleceriam nos assuntos dos povos e das nações. Após uma longa era em tais condições, o Senhor retornaria visível e corporalmente, terminando a história com a ressurreição geral e o grande julgamento de toda a humanidade.
Os amilenistas (ou amilenaristas) são uma versão do pós-milenismo que, igualmente, não acredita que haverá um reinado literal e físico de Cristo na Terra após a Sua Segunda Vinda, mas sem que haja uma “era dourada” da Igreja antes da Segunda Vinda. Segundo os aderentes dessa interpretação, o arrebatamento aconteceria na mesma época da Segunda Vinda, em que Cristo viria ao fim dos eventos descritos em Apocalipse (tribulação), executaria justiça, derrotaria os Seus inimigos, pegaria os salvos e os levaria conSigo para o céu, onde reinaria para sempre. O amilenismo é o ponto de vista profético da Igreja Católica Romana e de várias importantes denominações protestantes. Estas, embora tenham feito uma admirável revisão no entendimento referente à soteriologia (doutrina da salvação) na época da Reforma Protestante, mantiveram a perspectiva amilenista do catolicismo. Como a escatologia não era uma questão prioritária na época, os reformadores não reexaminaram essa teologia. Este entendimento permanece até hoje.
Satanás preso antes ou depois da Segunda Vinda?
Os versos de 1 a 3 de de Apocalipse 20 fornecem informações sobre a prisão de Satanás e certamente requerem interpretações que se harmonizem com diferentes perspectivas sobre onde o milênio se encaixa:
“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo.” Apocalipse 20:1-3
Nos versos 1 a 3, nos é dito que Satanás será preso por mil anos.
Na ótica pré-milenista, a interpretação da passagem acima, e ordem dos acontecimentos, seria a seguinte:
a) Durante a era da Igreja, embora Cristo, em Sua obra na cruz, já tenha derrotado Satanás, ele ainda não foi preso, e continuou / continua solto durante toda a era da Igreja, assim ficando até a Segunda Vinda. Evidentemente, a ação de Satanás pode ser limitada pela vontade soberana de Deus, mas Satanás não se encontra, hoje, preso no abismo, muito menos ‘selado’.
b) Ao término do período de tribulação descrito no livro de Apocalipse, aconteceria a Segunda Vinda visível e gloriosa de Cristo, na qual Cristo executa justiça, derrota os Seus inimigos na batalha do Armagedom e, ato contínuo, Satanás será preso no abismo, onde ficaria ‘selado’.
c) Logo após a Segunda Vinda, Cristo inicia o Seu reino milenar, durante um período literal de 1.000 anos, em que governará sobre todas as nações da Terra, a partir de Jerusalém, tendo como colaboradores os santos ressuscitados (ou transformados, no caso do que estiverem vivos), então em seus corpos glorificados. Durante o reino milenar de Cristo, a população da Terra não será submetida às tentações e as perversidades que a humanidade sofreu com a presença do ‘príncipe deste mundo’ (Satanás), pelo fato de ele estar preso no abismo e ‘selado’. Durante o milênio, com Cristo como Rei, haverá paz, saúde, justiça e abundância, e Cristo será tratado com a mais alta honra e glória.
d) Pouco antes do fim do reino milenar, Satanás é solto por um breve período de tempo, e em seguida termina o reino milenar de Cristo, quando Ele entrega o Reino a Deus Pai. Todos os mortos que não haviam sido ressuscitados, até então, são ressuscitados no fim do milênio, e imediatamente começa o Juízo Final (o julgamento do ‘Grande Trono Branco’). O Juízo Final não se aplica aos crentes ressuscitados que já estarão em seus corpos glorificados desde o início do milênio, e que já passaram pelo Tribunal de Cristo naquela ocasião. O Juízo Final só se aplicará aos então recém ressuscitados, e o julgamento será conforme as obras de cada um. Os que vierem a ser condenados serão lançados no Lago de Fogo. Os que tiverem o nome inscrito no Livro da Vida viverão na Nova Terra.
Na ótica pós-milenista (que inclui o amilenarismo), a interpretação da passagem acima, e a ordem dos acontecimentos, seria a seguinte:
a) Durante a era da Igreja, Satanás teria sido preso e a sua ação não impedida, mas limitada. Com a sua prisão, ele ainda teria a possibilidade de ação, porém não conseguiria realizar todos os seus intentos. Com isso, ao longo dos últimos dois mil anos, o Evangelho foi proclamado no mundo inteiro e pessoas de várias nações se converteram a Cristo.
b) Ao término do período de tribulação descrito no livro de Apocalipse, aconteceria a Segunda Vinda visível e gloriosa de Cristo, na qual Cristo executa justiça, derrota os Seus inimigos na batalha do Armagedom e, ato contínuo, os salvos iriam imediatamente para o céu, com Cristo. Não haveria governo milenar futuro de Cristo na Terra.
c) Pouco depois da Segunda Vinda, haveria o Juízo Final, que incluiria o julgamento de todos (crentes e descrentes).
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Vejamos, a seguir, referências bíblicas sobre o reino do Messias (‘o Ungido’, em hebraico, equivalente a ‘o Cristo’, em grego), na Terra:
Referências ao reino de Cristo na Terra, no Antigo Testamento
Segundo os os profetas do Antigo Testamento:
Nos Salmos:
Em Salmos 2:6-9, Davi diz que o Messias reinará sobre as extremidades da Terra, a partir do Monte Sião em Jerusalém.
Em Salmos 22:27-31, Davi novamente afirma que o Messias terá domínio contínuo sobre os confins da Terra, na época em que Ele governar sobre as nações.
Em Salmos 47, os descendentes de Corá profeticamente celebram o dia em que o Senhor será um grande Rei sobre toda a Terra, e eles afirmam que isso acontecerá quando Ele “submeter as nações sob os nossos pés”.
Em Salmos 67, um salmista não identificado fala, profeticamente, do tempo em que as nações do mundo se alegrarão e os povos exultarão. Isto acontecerá quando o Senhor vier para “julgar os povos com equidade”. Naquela ocasião, o Senhor “guiará as nações na Terra” e “todos os confins da Terra o temerão”.
Em Salmos 89:19-29, o salmista, Etã, fala da aliança davídica e diz que ela será cumprida quando Deus fizer “o Seu primogênito o mais elevado entre os reis da Terra”.
Em Salmos 110, Davi diz que um tempo virá quando Deus fará os inimigos do Messias como um estrado “debaixo dos seus pés”. Isso ocorrerá quando o Messias “enviar, de Sião, o cetro do seu poder”. Nesse tempo, Ele reinará no meio de seus inimigos, porque Ele “esmagará os reis o no dia de Sua ira”, e “julgará entre as nações”.
Em Salmos 132:13-18, um salmista não identificado fala do cumprimento, por Deus, da aliança davídica. Ele diz que isso acontecerá em um tempo quando Deus “fará brotar a força de Davi” para reinar de Sião. Ele diz: “sobre ele florescerá a sua coroa”, e Ele fará Sião “o Seu lugar de repouso para sempre”, porque Ele lá habitará.
Em Isaías:
Em Isaías 2:1-4, vemos: “Palavra que viu Isaías, filho de Amós, a respeito de Judá e de Jerusalém. E acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças em foices; uma nação não levantará espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerrear.”
Em Isaías 9:6-7, o Messias reinará do trono de Davi, proporcionando ao mundo um governo de paz, justiça e equidade. O trono de Davi não é no céu; é localizado em Jerusalém (V. Salmo 122). Jesus, neste momento, não está no trono de Davi. Ele está assentado à direita de Seu Pai, no trono de Seu Pai (V. Apocalipse 3:21).
Em Isaías 11:3b-9, o Messias trará justiça e equidade à Terra, quando Ele retornar para “com o sopro dos seus lábios, matar os perversos”. Naquele tempo, a maldição será cessada e os reinos vegetal e animal serão restaurados às suas perfeições originais.
Em Isaías 24:21-23, quando o Messias retornar, Ele castigará a Satanás e as suas hordes demoníacas no céu, “e os reis da Terra, na Terra”. Ele então “reinará no monte Sião e em Jerusalém”, com o propósito de manifestar a Sua glória.
Em Jeremias:
Jeremias 23:5 diz: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra”. (Nota: “Renovo” é um título messiânico).
Jeremias 33:6-18 diz que haverá um dia em que o Senhor rejuntará os dispersos de Judá e de Israel, e salvará um grande remanescente. Naqueles dias e naquele tempo, o Senhor “fará brotar a Davi um Renovo de justiça; ele executará juízo e justiça na terra.”
Em Ezequiel:
Ezequiel 20:33-44, diz: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, com mão poderosa, com braço estendido e derramado furor, hei de reinar sobre vós; tirar-vos-ei dentre os povos e vos congregarei das terras nas quais andais espalhados, com mão forte, com braço estendido e derramado furor.”
Temos ainda Ezequiel 37:24-28, Ezequiel 39:21-29 e Ezequiel 43:7.
Em Daniel:
Em Daniel 7:13-14,18,27, Daniel diz que lhe foi dada uma visão em que ele viu o Messias (“Filho do Homem”) recebendo o domínio sobre toda a Terra por Deus Pai (o “Ancião de Dias”). Ele então acrescenta, nos versos 18 e 27, que o reino é compartilhado com “os santos do Altíssimo”, e que a eles é permitido exercer soberania com Ele sobre todos os reinos e domínios “debaixo de todo o céu”.
Em Oseias:
Oseias 3:4-5 diz que os judeus serão colocados de lado “por muitos dias”, mas um tempo virá “nos últimos dias” em que eles “tornarão e buscarão ao Senhor, seu Deus, e a Davi, seu rei”.
Em Joel:
Em Joel 3:14-17,21, Joel diz que após a batalha do Armagedom (versos 14-16), o Senhor habitará “em Sião, meu santo monte”. Ele repete isso no verso 21. E, no verso 17, ele identifica Sião como a cidade de Jerusalém.
Em Miqueias:
Em Miqueias 4:1-7, Miqueias repete, em maior detalhe, a profecia contida em Isaías 2. Assim como Isaías, ele diz que o Senhor fará de Jerusalém a capital mundial. O mundo será inundado com paz e prosperidade. Os judeus crentes serão reunidos em Israel e “o Senhor reinará sobre eles no monte Sião”.
Em Sofonias:
Em Sofonias 3:14-20, vemos que o livro inteiro é dedicado à descrição do dia em que o Senhor retornará à Terra para a vingança. O profeta diz que, no final daquele dia, quando os inimigos do Senhor tiverem sido destruídos, o remanescente judeu terá grande alegria, porque “o Rei de Israel, o Senhor” estará no meio deles.
Em Ageu:
Em Ageu 2:20-23, o Senhor diz que um dia virá em que Ele “derribará o trono dos reinos e destruirá a força dos reinos das nações”. Então, usando Zerubabel, governador de Judá, como um tipo do Messias, o profeta acrescenta: “Naquele dia”, declara o Senhor dos exércitos, “tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel, servo meu”, diz o Senhor, “e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o Senhor dos Exércitos”. A referência ao anel de selar significa que o Pai dará ao Seu Filho a autoridade governamental.
Em Zacarias:
Em Zacarias 2:10-13, o Senhor diz que, quando Ele voltar, Ele habitará no meio dos judeus, herdando Judá como a Sua porção na terra santa e, de novo, escolhendo Jerusalém.
Em Zacarias 6:12-13, vemos que quando o Messias (“o Renovo”) voltar, Ele edificará um templo e reinará do Seu trono, e acumulará os ofícios de sacerdote e de rei. Assim, Ele será um sacerdote em Seu trono.
Em Zacarias 8:2-3, o Senhor promete que quando Ele retornar a Sião, Ele habitará “no meio de Jerusalém”, e Jerusalém será chamada “a cidade fiel”.
Em Zacarias 9:10, o Messias trará paz às nações e “o Seu domínio se estenderá de mar a mar”.
Em Zacarias 14:1-9, o Messias retornará ao Monte das Oliveiras. O Monte será fendido pelo meio quando o Seu pé o tocar, e o remanescente judeu vivo em Jerusalém fugirá da cidade e se esconderá na fenda do monte. O verso 9 diz que, naquele dia, “o Senhor será Rei sobre toda a Terra”.
Referências ao reino de Cristo, no Novo Testamento
Segundo os profetas do Novo Testamento:
O apóstolo Pedro:
Atos 3:21: Em seu sermão no pórtico de Salomão, Pedro diz que Jesus precisava ficar no céu “até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade”. O período da restauração mencionado aqui ocorrerá durante o Milênio, quando a maldição for suspensa e a natureza for restaurada (Romanos 8:18-23).
O apóstolo Paulo:
Em 2 Tessalonicenses 1:7-10, Paulo diz que, quando Jesus voltar, “tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus”, Ele também virá com o propósito de ser glorificado nos Seus santos e se fazer admirável em todos os que creram”. O retorno de Jesus para ser glorificado em Seus santos e diante de todas as nações do mundo é um dos temas recorrentes da profecia do Antigo Testamento (Isaías 24:23, Isaías 52:10,13, Isaías 61:3 e Salmos 46:10).
Em 2 Timóteo 2:12, Paulo diz que “se perseveramos, também com Ele reinaremos”.
O apóstolo João:
Em Apocalipse 12:5, João tem uma visão na qual uma mulher vestida com o sol (Israel) dá a luz a um Filho Varão (Jesus), que “regerá sobre todas as nações com cetro de ferro”.
Em Apocalipse 19:15-16, na descrição de Jesus retornando à Terra, João diz que ele usa o título “Rei dos reis e Senhor dos senhores” e, ainda, que Ele “regerá as nações com cetro de ferro”.
Em Apocalipse 20:4,6, João diz que, depois do retorno de Cristo à Terra, Ele reinará com os Seus santos (“aqueles aos quais foi dada a autoridade de julgar”) por mil anos.
Segundo as hostes celestiais:
O anjo Gabriel:
Em Lucas 1:26-38, quando o arcanjo Gabriel apareceu a Maria, ele lhe disse que ela teria um filho chamado Jesus, que iria ser chamado “o Filho do Altíssimo”. Em seguida, ele acrescentou três promessas que ainda estão por ser concretizadas: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo”; “Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai”; e “ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”.
Os quatro Seres Viventes, em conjunto com os 24 anciãos:
Em Apocalipse 5:9-10, vemos que, quando João é arrebatado ao céu e se encontra diante do trono de Deus (Apocalipse 4), ele ouve “os quatro seres viventes” (criaturas angelicais especiais chamadas de serafins em Isaías 6) e os 24 anciãos (representantes dos santos redimidos) cantando uma canção de louvor para Jesus. Nessa canção, eles dizem que Jesus é o Cordeiro Digno, que fez dos Seus redimidos reino e sacerdotes, e que eles reinarão sobre a Terra.
Os Anjos de Deus:
Em Apocalipse 11:15, vozes do céu fazem uma proléptica proclamação no meio da Tribulação: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos”. (Nota: uma afirmação proléptica é uma que fala sobre um evento futuro como se ele já tivesse acontecido. Esta é uma forma de expressão profética comum, porque todos os eventos futuros estão estabelecidos na mente de Deus, como se já tivessem acontecido na história).
Os Mártires da Tribulação:
Em Apocalipse 15:3-4, vemos que, ao fim da Tribulação, instantes antes do derramamento final da ira de Deus sob a forma do juízo das taças, todos os mártires da tribulação que estão no céu se reúnem para cantar “o cântico de Moisés… e o cântico do Cordeiro”. Nesse cântico, eles declaram que o Cordeiro (Jesus) é o “Rei das nações”, e que “todas as nações virão e adorarão diante de ti”.
Segundo o próprio Jesus:
Em Mateus 19:28, Jesus disse que, quando da “regeneração” (o mesmo que ‘o tempo da restauração de todas as coisas’ referenciado por Pedro em Atos 3:21), Ele se assentará no trono da Sua glória, os apóstolos se juntarão a Ele para julgar as doze tribos de Israel.
Em Mateus 25:31, Jesus disse que quando Ele retornar, em glória, “o Filho do Homem … se assentará no trono da sua glória” e “todas as nações serão reunidas em sua presença”, em julgamento. O trono de Jesus é o trono de Davi, que sempre foi localizado em um único lugar: Jerusalém (V. Isaías 9:6-7 e Salmos 122).
Em Atos 1:3-8, Lucas diz que, após a Sua ressurreição, Jesus apareceu por 40 dias ensinando aos Seus discípulos sobre o reino de Deus; e que, então, quando Ele estava pronto para ascender aos céus, um de seus discípulos perguntou: “Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?”. A pergunta, em si mesma, indica que Jesus lhes havia dito que um tempo viria, em que o reino seria restaurado em Israel. A resposta de Jesus a essa pergunta indicou a mesma coisa. Ele não estranhou nem reprovou a pergunta. Ao contrário, Ele simplesmente disse que não lhes competia conhecer o tempo ou a época em que o reino seria restaurado em Israel.
Em Apocalipse 2:26-27, Jesus diz que Ele tem uma recompensa especial para qualquer ‘vencedor’ que guardar as Suas obras até o fim: “eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá”.
Em Apocalipse 3:21, Jesus deixa claro que os ‘vencedores’ reinarão em conjunto com Ele: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono”. Novamente, o trono de Jesus é o trono de Davi (Lucas 1:32 e Apocalipse 3:7). O trono de Davi é em Jerusalém, não no céu (Salmos 122). Jesus, no momento presente, compartilha o trono do Seu Pai. Ele não está assentado em Seu próprio trono e não o fará até que Ele retorne à Terra. Então, ele permitirá que os redimidos compartilhem o Seu trono com Ele.
Qual é a nossa posição em relação ao milênio?
Nossa posição é pré-milenista porque uma expressiva quantidade de escrituras fundamentam um reino físico futuro de Cristo, a partir da Terra. O capítulo 20 de Apocalipse não é a única base bíblica para um reino milenar futuro de Jesus. O conceito do Messias retornando para reinar sobre toda a Terra em paz, equidade e justiça é encontrado em todas as escrituras, tanto no Novo quanto no Antigo Testamento
Se os profetas do Antigo Testamento, os profetas do Novo Testamento, as hostes celestiais e o próprio Jesus disseram, podemos crer, com a mais absoluta confiança e tranquilidade, que de fato haverá um reino futuro de Cristo, na Terra.
O reino milenar de Cristo, na Terra, será motivo de grande honra para Cristo. Ele foi desprezado em Sua primeira vinda e não exerceu a posição que era de Seu merecimento. No presente momento, Cristo compartilha o trono do Pai, no céu. Ele ainda não recebeu o Seu próprio trono. Após a Segunda Vinda, Cristo reinará na Terra, em Seu próprio trono, em Jerusalém, durante mil anos, cumprindo dezenas e dezenas de escrituras que ainda estão por acontecer.
As escrituras dizem que Satanás estaria preso durante o ‘milênio’. Se o milênio fosse anterior à Segunda Vinda ou, em outras palavras, durante a era atual da Igreja, as tais correntes que estariam prendendo Satanás teriam que ser muito longas ou frouxas, para esse ser perverso conseguir agir com tanta intensidade e influência no mundo. A tese de que a ação de Satanás, estando preso, seria apenas limitada, não se harmoniza com as escrituras, porque estas dizem que ele estará preso e ‘selado’. O ‘selo’ transmite a compreensão de que, quando e enquanto estiver nessa condição, estará completamente impedido de provocar qualquer interferência na humanidade. A forma como a passagem está escrita, portanto, apresenta um sério problema para os pós-milenistas e amilenaristas, já que a ação de Satanás, no mundo, hoje, é mais que evidente. Assim, no nosso entendimento, Satanás, neste momento, está solto, agindo livremente, exceto nos aspectos em que a vontade soberana de Deus o impeça, como sabemos que, de fato e, felizmente, acontece. Satanás não está preso agora, durante a era da Igreja, mas estará preso durante o milênio que se iniciará após a Segunda Vinda.
Embora o livro de Apocalipse seja repleto de simbologia, todas as suas menções a contagens de tempo são literais. Mesmo que alguém queira interpretar que o período de mil anos apenas signifique “um longo período”, e cuja duração não precise, necessariamente, durar exatamente 1.000 anos, o essencial é levar em conta que Cristo reinará, na Terra, após a Sua Segunda Vinda, e que, durante esse período futuro, Satanás estará preso e completamente impossibilitado de agir. Portanto, o milênio, seja ele uma contagem de tempo literal ou uma figura de linguagem, é um período futuro, na Terra, que ocorre após a Segunda Vinda. Se o reino Milenar é futuro, as interpretações pós-milenistas e amilenistas são equivocadas e devem ser descartadas.
Para quem pretende estudar o livro de Apocalipse, o entendimento da ordem correta dos acontecimentos é importante. Ainda, o interesse pelo livro de Apocalipse não pode se dar somente por ‘curiosidade’ em relação às tragédias que estão por acontecer segundo as profecias, nem sobre o momento do arrebatamento. Tudo isso precisa estar no contexto de um conjunto de acontecimentos que precederá a Segunda Vinda, com o objetivo de Cristo reinar na Terra, em glória e autoridade, durante um período futuro que será repleto de justiça, paz, saúde, longevidade e prosperidade. Compreender isso muda toda a perspectiva no estudo do livro de Apocalipse, já que, mais do que um estudo do ‘fim dos tempos’, estaremos, após o retorno de Jesus, diante do início de uma era totalmente nova, que será o reino de Cristo na Terra, como Senhor e Rei, recebendo toda a honra e glória que Ele merece.
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Olá. Paz Deus por Jesus Cristo amem.sou pré milenista creio da mesma forma qui vcs crê, amo examinar as escrituras, estou contente gostei do conteúdo apresentado por vcs Deus abençoe o trabalho de vcs.. Vou fazer minha parte. Compartilhando, mais vez Deus abençoe
Muito grata! Que bom que gostou! Deus te abençoe também.