oitavo dia

O oitavo dia, o arrebatamento e a glorificação

Os leprosos, os sacerdotes e os primogênitos

Tradução adaptada de estudo bíblico da autora Brenda Weltner

Oito: sh’monehem em hebraico, da raiz Shah’meyn: “fazer engordar” ou “fazer cobrir com gordura” que significa superabundar. O primeiro de uma nova série: são 7 dias na semana; o 8º dia é o início de uma nova série de dias. É o número da salvação, ressurreição e novo nascimento/regeneração.

1.  As Festas do Senhor (“datas estipuladas”) contam a história da redenção. As Festas “ensaiam”, simbolicamente, os vários aspectos do plano redentor de Deus, com o propósito de retratar eventos futuros. Como exemplo, o cordeiro pascal simbolizava o perfeito Cordeiro de Deus que morreu na cruz; e quando Seu sangue é aplicado à vida de alguém, o anjo da morte passa sobre ele. O indivíduo passou da morte para a vida.

2.  Algumas das Festas do Senhor também são festivais da colheita; o momento em que as primícias de cada colheita eram dedicadas ao Senhor. Simbolismos (tipos, figuras) da colheita são incorporados aos dias de Festa e, por isso, precisamos compreender as várias colheitas em Israel, bem como as três partes de cada colheita: i) as primícias, ii) a colheita principal e iii) a coleta das sobras. [mais informações sobre isso no artigo ‘As Festas do Senhor e a colheita de almas’, neste link].

3.  Pelo fato de haver várias camadas de imagens e simbolismo embutidos nos dias de Festa, há múltiplos cumprimentos proféticos para cada dia de Festa. Em outras palavras, pode não haver apenas um cumprimento, mas vários. Um bom exemplo disso é o Dia da Expiação: Jesus cumpriu tanto o aspecto do ‘bode emissário’ quanto o do bode sacrificial dessa Festa, ao ser batizado. O Dia da Expiação era considerado pelos judeus como um dia em que o céu está aberto e em que há acesso momentâneo a Deus. Deus falou do céu, quando Jesus foi batizado, e o Espírito Santo desceu como uma pomba sobre Ele. A ocasião seguinte em que Jesus profeticamente cumpriu o Dia da Expiação foi quando Ele apareceu, em glória, no monte da Transfiguração. Novamente, os céus se abriram, Deus falou e, dessa vez, ao invés de assumir a forma do mais humilde dos homens, Jesus apareceu em glória. Pedro queria construir 3 tabernáculos para Jesus, Moisés e Elias, possivelmente indicando que eles estavam se aproximando da época da Festa dos Tabernáculos. Tanto no Jordão (que significa ‘descida’), quando Jesus se identificou com o homem pecador no batismo, como nas alturas do Monte Hérmom, onde Jesus exibiu a Sua glória, o Dia da Expiação teve, pelo menos, dois cumprimentos proféticos durante a vida de Jesus. Creio que Ele sairá do céu, para a batalha do Armagedom, em Sua 2ª Vinda visível e gloriosa, também em um Dia da Expiação, pondo fim ao reino da Besta. Ele entrou no templo celestial como nosso Sumo Sacerdote; Ele sairá de lá como o Rei Guerreiro.

4.   As Festas não foram necessariamente planejadas para serem cumpridas em ordem. Se houvesse apenas um aspecto para cada festa, então esse poderia ser o caso, mas, como existem várias camadas de imagens de colheita e imagens de Festa que precisam ser cumpridas, podemos ter certeza de que os simbolismos encontrados nas Festas/colheitas serão cumpridos em momentos diferentes. Enquanto muitos sugerem que o cumprimento das Festas começou com a Páscoa, quando Jesus morreu (no mês hebreu que dá início ao ano litúrgico) e que continuará na ordem, até a Festa dos Tabernáculos (a última das 7 festas), acredito que este é não é o caso. Há evidências que sugerem que Jesus nasceu no outono (do hemisfério norte), no primeiro dia da Festa de Tabernáculos, e que foi circuncidado no 8º dia, o ‘Grande Dia’. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós…” João 1:14. No futuro, o dia provável em que o Espírito será derramado sobre toda carne é o 8º dia (ver João 7:38,39) e, durante o Milênio, todas as nações serão obrigadas a celebrar a Festa de Tabernáculos (Zacarias 14:16). Não se deve assinalar como “concluído” quando algum dia de Festa encontra um cumprimento profético, supondo que há apenas um cumprimento para cada Festa. Estamos lidando com várias camadas de símbolos, e cada camada simbólica precisa ser cumprida como parte da história da redenção.

5.   O 8º dia de Tabernáculos não é o único “8º dia” que precisa encontrar o seu cumprimento profético. Examinaremos vários outros ‘oitavos dias’ que são encontrados nas escrituras, que nada têm a ver com dias de Festas. Isso é importante porque, embora as Festas do Senhor possam não tem implicações específicas para os crentes hoje, existem outros oitavos dias que podem vir a tê-las. Examinaremos alguns desses outros ‘8º dias’ para ver se eles nos dão alguma pista sobre o nosso arrebatamento e glorificação.

6.  Desde o Pentecostes e a doação do Espírito Santo no 1º Século, os crentes constituíram uma “nova raça” da humanidade: não sendo nem judeus nem gentios, mas todos um em Cristo, o ‘último Adão’. As Festas eram para ser observadas pelos judeus, mas observar os dias de festa não era um requisito para os crentes, não importando se era israelita ou um novo convertido gentio. Todos os crentes, a partir de então, integraram o mais antigo sacerdócio e passaram a fazer parte da mais antiga dispensação sacerdotal: a ordem de Melquisedeque; uma ordem que foi retomada por Davi quando Ele levou a arca para o Monte Sião, e passou a adorar na presença direta do Senhor, no tabernáculo que ele construiu para a Arca … sem sacrifícios nem sacerdotes para interceder por ele.

7.  O Senhor (por meio da Arca) havia deixado o tabernáculo de Moisés (simbolizando a lei) e mudou-se para o Tabernáculo de Davi (simbolizando a graça e o acesso direto a Deus), sem a necessidade de sacrifícios de animais ou de envolvimento do sacerdócio aarônico/ levítico. No Tabernáculo de Davi, não há leis, ordenanças, mandamentos e dias de Festa relacionados à adoração. Todas essas coisas faziam parte do sistema de adoração mosaico que ainda era realizado em Gibeão, onde o tabernáculo de Moisés permaneceu, já sem a presença da arca que, então, se encontrava em Jerusalém. O profeta Amós falou de um dia em que Deus levantaria o tabernáculo de Davi que havia caído (Amós 9:11,12). Atos 15:15-18 diz que, com a inclusão dos crentes gentios, a adoração espiritual do Tabernáculo de Davi foi restabelecida. Veja a passagem: “Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei. Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.” Atos 15:15-18

8. Penso que o verdadeiro Tabernáculo físico de Davi será, provavelmente, reconstruído pelas Duas Testemunhas, no Monte Sião, em Jerusalém, não no Monte do Templo (Monte Moriá). Não haverá altar de holocausto, ou sacrifícios de animais; mas, refletindo o templo celestial, o culto do tabernáculo reconstruído consistirá na adoração diante da Arca e orações diante do altar de ouro do incenso. Apocalipse 1:5,6 diz que fomos feitos ‘reis e sacerdotes’ pelo Seu sangue: um sacerdócio real segundo a ordem de Melquisedeque. Os ‘24 Anciãos’ representam esse sacerdócio real, em Apocalipse 4 e 5 (e em outros lugares de Apocalipse).

9.  A Ordem de Melquisedeque é anterior ao sacerdócio aarônico e é um sacerdócio maior e eterno, e será a ordem sacerdotal permanente, no céu. Acredito que, antes da queda, Adão e Eva eram reis e sacerdotes segundo essa mesma ordem, tendo domínio sobre a Terra e acesso à presença de Deus.

10. Pelo fato de os crentes serem membros desse sacerdócio real, não é  necessário que o nosso arrebatamento seja em um dia de Festa, pois as festas não se aplicam a nós da mesma forma que se aplicam aos israelitas — porém, assim como o  tabernáculo de Moisés estava em Gibeão ao mesmo tempo que o tabernáculo  de Davi continha a Arca, em Sião; e, assim como o Templo em Jerusalém  permaneceu em pé por mais de 30 anos depois que a crucificação de Cristo abriu o caminho para  Deus, antes de ser destruído pelos romanos — enquanto que, ao mesmo tempo, Deus estava levantando o Tabernáculo de Davi com a inclusão dos  crentes gentios — assim também, durante o tempo do fim, podemos esperar um  sobreposição dos dois sistemas e duas ordens sacerdotais.

11. O 8º dia é sugerido em Apocalipse 12, onde aprendemos que o filho que será arrebatado ao trono de Deus é representado como um bebê do sexo masculino… o primogênito (aquele que vai governar) e, por implicação, há 8 dias associados ao filho, desde o nascimento até ao momento que o bebê é apresentado a Deus. Não tardarás em trazer ofertas do melhor das tuas ceifas e das tuas vinhas; o primogênito de teus filhos me darás. Da mesma sorte, farás com os teus bois e com as tuas ovelhas; sete dias ficará a cria com a mãe, e, ao oitavo dia, ma darás.” Êxodo 22:29,30. “…apartarás para o Senhor todo que abrir a madre e todo primogênito dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor. Porém todo primogênito da jumenta resgatarás com cordeiro; se o não resgatares, será desnucado; mas todo primogênito do homem entre teus filhos resgatarás.Êxodo 13:12,13.  

12. Há uma festa das “primícias” com duração de 8 dias: a Festa dos Tabernáculos, durante a qual podemos esperar que as primícias dos 144.000 (da ‘colheita de azeitonas’ do Israel crente) receberão o Espírito Santo (obs: iremos adotar aqui a notação ‘144k’ para os 144.000 israelitas). É minha convicção que os 8 dias relacionados ao ‘filho varão’ de Apocalipse 12, e os 8 dias relacionados à Festa de Tabernáculos, sobrepor-se-ão, durante os últimos dias. Se Cristo nasceu no 1º dia da Festa de Tabernáculos e foi redimido para Deus no 8º dia, o quão apropriado seria que, nós, crentes, também “nasçamos” em nossos novos corpos durante a Festa de Tabernáculos e sejamos entregues a Deus no 8º Dia!

13. Além do nascimento e circuncisão/nomeação/apresentação de um bebê do sexo masculino no 8º dia, existem outros intervalos de 8 dias mencionados na Bíblia: (1) o tempo que levou para a ordenação de Aarão e de seus filhos antes que pudessem começar seu serviço no tabernáculo; e (2) o tempo decorrido entre a declaração de um leproso como estando purificado e quando ele era autorizado a ir para casa. Os sacrifícios e comandos específicos associados a esses dois eventos de 8 dias fornecem um padrão profético para um evento futuro de 8 dias, especificamente, os relacionados ao arrebatamento dos ‘reis e sacerdotes’ de Deus, para o céu.

14.Já examinamos brevemente os 8 dias associados ao filho recém-nascido primogênito. Agora vamos examinar o caso da purificação do leproso.

15. Havia um processo que precisava ocorrer, pelo qual um leproso curado poderia ser reintegrado à comunidade. Um leproso vivia fora do acampamento e, muitas vezes, era considerado um “morto-vivo”. A lepra é um retrato do nosso estado pecaminoso, e o processo de reintegração à comunhão é uma figura da morte de Cristo na cruz sendo aplicada ao nosso pecado. Obs.: comentários meus entre parênteses.

Levítico 14: “1 Depois, falou o Senhor a Moisés, dizendo: 2 Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote” (É dito que a pessoa é “levada ao sacerdote, mas o enfermo não pode ir ao sacerdote porque é impuro, então o sacerdote precisa ir até ele. Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, deixou o céu e veio até nós.) 3 “e o sacerdote sairá fora do arraial e o sacerdote, examinando, eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada, 4 então, o sacerdote ordenará que, por aquele que se houver de purificar, se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo”. (Alguns desses mesmos itens também eram usados quando a novilha vermelha era sacrificada. As cinzas da novilha vermelha eram usadas para purificar tudo. Esses itens são simbólicos.  As duas aves, como os dois bodes no Dia da Expiação, representam uma pessoa em dois ‘estados’: neste caso, o leproso, uma vez morto no pecado, tornando-se vivo através da expiação. Uma ave morta e a outra libertada. A madeira de cedro simboliza a cruz. O fio escarlate representa o sangue de Cristo, e o hissopo é um arbusto modesto, usado para aspersão de sangue. A lã escarlate foi usada para amarrar o hissopo à madeira, assim como Cristo foi preso à cruz. Cristo morreu em nosso lugar, para que nós pudéssemos ser libertados).

5Mandará também o sacerdote que se degole uma ave num vaso de barro sobre águas vivas…” (O sacerdote deveria usar ‘água viva’… água da fonte, não água de uma cisterna, ou água usada e reciclada. A ‘água viva’ representa a vida espiritual que vem do Espírito de Deus. O vaso de barro simbolizava Cristo, que se humilhou e veio à Terra como homem, para que pudesse morrer em nosso lugar.) 6E tomará a ave viva, e o pau de cedro, e o carmesim, e o hissopo e os molhará com a ave viva no sangue da ave que foi degolada sobre as águas vivas, ele deve pegar a ave viva junto com a madeira de cedro, fio escarlate e hissopo, e mergulhá-los no sangue da ave que foi abatida sobre a água doce“. (O sangue da ave era misturado com a água viva e era aspergido sobre a pessoa que estava sendo purificada.) 7E sobre aquele que há de purificar-se da lepra espargirá sete vezes” (“7” é o número de perfeição e conclusão, indicando que o leproso será total e completamente purificado); “então, o declarará limpo e soltará a ave viva sobre a face do campo“.(Esta é uma figura do pecador sendo liberto! O sangue de Cristo purifica de todo pecado. Isaías 52:15 “Assim Ele borrifará muitas nações…” falando do sacrifício expiatório de Cristo.)

8E aquele que tem de purificar-se lavará as suas vestes, e rapará todo o seu pelo, e se lavará com água; assim, será limpo; e, depois, entrará no arraial, porém ficará fora da sua tenda por sete dias” (O leproso poderia juntar-se à comunhão de sua comunidade, mas ainda não estava ‘em casa’, pois tinha que permanecer fora de sua tenda por 7 dias.). 9E será que, ao sétimo dia, rapará todo o seu pelo, e a cabeça, e a barba, e as sobrancelhas dos seus olhos; e rapará todo o outro pelo, e lavará as suas vestes, e lavará a sua carne com água, e será limpo” (Ao raspar todos os seus pelos, o leproso volta a ser como um bebê).

10E, ao dia oitavo, tomará dois cordeiros sem mancha, e uma cordeira sem mancha, de um ano, e três dízimas de flor de farinha para oferta de manjares, amassada com azeite, e um logue de azeite. 11 E o sacerdote que faz a purificação apresentará o homem que houver de purificar-se com aquelas coisas perante o Senhor, à porta da tenda da congregação” (A ave morta na presença do leproso não era uma oferenda. Isso não era feito no templo. Agora as ofertas apropriadas precisariam ser feitas na presença do Senhor.)

12E o sacerdote tomará um dos cordeiros e o oferecerá por expiação da culpa e o logue de azeite; e os moverá por oferta movida perante o Senhor. 13 Então, degolará o cordeiro no lugar em que se degola a oferta pela expiação do pecado e o holocausto, no lugar santo; porque assim a oferta pela expiação da culpa e a oferta pela expiação do pecado são para o sacerdote; coisas santíssimas são. 14 E o sacerdote tomará do sangue da oferta pela expiação da culpa e o sacerdote o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e no dedo polegar do seu pé direito. 15 Também o sacerdote tomará do logue de azeite e o derramará na palma da sua própria mão esquerda. 16 Então, o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda e daquele azeite, com o seu dedo, espargirá sete vezes perante o Senhor; 17 e o restante do azeite que está na sua mão o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do sangue da oferta pela expiação da culpa; 18 e o restante do azeite que está na mão do sacerdote, o porá sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se; assim, o sacerdote fará expiação por ele perante o Senhor. 19 Também o sacerdote fará a oferta pela expiação do pecado e fará expiação por aquele que tem de purificar-se da sua imundícia; e depois degolará o holocausto; 20 e o sacerdote oferecerá o holocausto e a oferta de manjares sobre o altar; assim, o sacerdote fará expiação pelo homem, e este será limpo” (Três sacrifícios eram oferecidos: ofensa/culpa, pecado e queimado. O sangue da oferta pela culpa era colocado sobre a pessoa a ser purificada: orelha, polegar e dedão do pé, significando a expiação dos sentidos, das ações (polegar) e da vida futura (dedo do pé) da pessoa. O leproso está começando um novo capítulo em sua vida, com seus pecados anteriores expiados pelo sangue. O óleo é uma figura da consagração da vida pelo Espírito Santo: o ouvido que ‘ouve’, a mão que realiza a vontade de Deus e o pé que vai aonde Deus manda. Uma vez que fomos perdoados de nossos pecados por meio do sangue de Cristo, somos separados pelo Espírito Santo, capacitados e consagrados para viver para Ele). 32Esta é a lei daquele em quem estiver a praga da lepra, cuja mão não pode alcançar o preciso para a sua purificação”.

Embora o leproso fosse declarado limpo quando a ave fosse solta, ele não podia ‘ir para casa’, apesar de já ter voltado para o acampamento. Ele só poderia entrar na sua casa no 8º dia. O 8º dia representa o início de sua nova vida, ressurreição dentre os mortos, e passar de um estado de existência para outro.

A ordenação de sacerdotes

Há semelhanças entre a purificação do leproso e a ordenação dos sacerdotes: 1) Tanto o leproso como os sacerdotes eram ‘sujeitos passivos’, ou seja, eles não tinham que fazer nada, exceto se apresentar; e tudo o que era feito, era feito ‘para eles’, por outra pessoa. Isso nos diz que a pessoa que está sendo purificada, ou ordenada (ou mesmo o bebê apresentado no 8º dia) é incapaz de realizar essas coisas por si mesma. 2) Há um ‘período de espera’ de 7 dias, seja para que o recém-nascido seja apresentado a Deus, ou para que o leproso entre em sua casa, ou para o sacerdote sair da porta do tabernáculo para começar seu serviço no templo.

Levítico 8:“1 Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: 2 Toma a Arão, e a seus filhos com ele, e as vestes, e o azeite da unção, como também o novilho da expiação do pecado, e os dois carneiros, e o cesto dos pães asmos 3 e ajunta toda a congregação à porta da tenda da congregação.” (A ‘ação’ está ocorrendo na entrada do Tabernáculo e à vista de todo o povo de Israel).

Fez, pois, Moisés como o Senhor lhe ordenara, e a congregação ajuntou-se à porta da tenda da congregação. 5 Então, disse Moisés à congregação: Isto é o que o Senhor ordenou que se fizesse. 6 E Moisés fez chegar a Arão e a seus filhos, e os lavou com água, 7 e lhe vestiu a túnica, e cingiu-o com o cinto, e pôs sobre ele o manto; também pôs sobre ele o éfode, e cingiu-o com o cinto lavrado do éfode, e o apertou com ele. 8 Depois, pôs-lhe o peitoral, pondo no peitoral o Urim e o Tumim; 9 e pôs a mitra sobre a sua cabeça e na mitra, diante do seu rosto, pôs a lâmina de ouro, a coroa da santidade, como o Senhor ordenara a Moisés.” (Aarão foi, primeiro, purificado, e depois vestido com as vestes feitas “para glória e ornamento”: “Também farás túnicas aos filhos de Arão e far-lhes-ás cintos; também lhes farás tiaras, para glória e ornamento.” Êxodo 28:40. Isso também é uma reminiscência de Josué, o Sumo Sacerdote, sendo purificado e vestido em Zacarias 3:1-7: “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do Senhor, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes. E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do Senhor estava ali, protestou a Josué e disse: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos e observares os meus preceitos, também tu julgarás a minha casa e guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram.”)

De volta a Levítico 8:

10 Então, Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo e tudo o que havia nele, e o santificou; 11 e dele espargiu sete vezes sobre o altar e ungiu o altar e todos os seus vasos, como também a pia e a sua base, para santificá-los. 12 Depois, derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Arão e ungiu-o, para santificá-lo.” (O óleo simboliza o Espírito Santo.)

13 Também Moisés fez chegar os filhos de Arão, e vestiu-lhes as túnicas, e cingiu-os com o cinto, e apertou-lhes as tiaras, como o Senhor ordenara a Moisés“. (Os filhos estavam todos vestidos de linho branco… também para glória e ornamento. Os 24 anciãos do Apocalipse estão vestidos com essas mesmas vestes: eles foram feitos sacerdotes e reis pelo sangue de Cristo.)

14 Então, fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as maos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado.” (Com efeito, impondo as mãos  sobre ele, eles estavam se identificando com a morte do animal sacrificado. Este é a única  ação que vemos os sacerdotes fazendo durante a cerimônia de ordenação. Nossa única ‘ação’ na salvação é crer / identificar-se com a morte de Cristo.) 15 e o degolou; e Moisés tomou o sangue, e pôs dele com o seu dedo sobre as pontas do altar em redor, e expiou o altar; depois, derramou o resto do sangue à base do altar e o santificou, para fazer expiação por ele. 16 Depois, tomou toda a gordura que está na fressura, e o redenho do fígado, e os dois rins, e sua gordura; e Moisés os queimou sobre o altar. 17 Mas o novilho com o seu couro, e a sua carne, e o seu esterco queimou com fogo fora do arraial, como o Senhor ordenara a Moisés. 18 Depois, fez chegar o carneiro do holocausto; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro; 19 e o degolou; e Moisés espargiu o sangue sobre o altar, em redor. 20 Partiu também o carneiro nos seus pedaços; e Moisés queimou a cabeça, e os pedaços, e a gordura. 21 Porém a fressura e as pernas lavou com água; e Moisés queimou todo o carneiro sobre o altar; holocausto de cheiro suave, uma oferta queimada era ao Senhor, como o Senhor ordenara a Moisés.

22 Depois, fez chegar o outro carneiro, o carneiro da consagração; e Arão e seus filhos puseram as mãos sobre a cabeça do carneiro; 23 e o degolou; e Moisés tomou do seu sangue e o pôs sobre a ponta da orelha direita de Arão, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito. 24 Também fez chegar os filhos de Arão; e Moisés pôs daquele sangue sobre a ponta da orelha direita deles, e sobre o polegar da sua mão direita, e sobre o polegar do seu pé direito,” (A mesma ação foi feita ao leproso no processo de purificação.) “e Moisés espargiu o resto do sangue sobre o altar, em redor. 25 E tomou a gordura, e a cauda, e toda a gordura que está na fressura, e o redenho do fígado, e ambos os rins, e a sua gordura e a espádua direita. 26 Também do cesto dos pães asmos, que estava diante do Senhor, tomou um bolo asmo, e um bolo de pão azeitado, e um coscorão e os pôs sobre a gordura e sobre a espádua direita. 27 E tudo isso pôs nas mãos de Arão e nas mãos de seus filhos e os moveu por oferta de movimento perante o Senhor. 28 Depois, Moisés tomou-os das suas mãos e os queimou no altar sobre o holocausto; estas foram uma oferta da consagração, por cheiro suave, oferta queimada ao Senhor. 29 E tomou Moisés o peito e moveu-o por oferta de movimento perante o Senhor; aquela foi a porção de Moisés, do carneiro da consagração, como o Senhor ordenara a Moisés. 30 Tomou Moisés também do azeite da unção e do sangue que estava sobre o altar e o espargiu sobre Arão, e sobre as suas vestes, e sobre os seus filhos, e sobre as vestes de seus filhos com ele; e santificou a Arão, e as suas vestes, e seus filhos, e as vestes de seus filhos com ele.” (As vestes simbolizam o status, posição e ocupação de uma pessoa na vida e também representam o corpo de uma pessoa. Mudar as vestes significa assumir uma nova identidade e corpo [glorificado]).

31E Moisés disse a Arão e a seus filhos: Cozei a carne diante da porta da tenda da congregação e ali a comei com o pão que está no cesto da consagração, como tenho ordenado, dizendo: Arão e seus filhos a comerão. 32 Mas o que sobejar da carne e do pão queimareis com fogo. 33 Também da porta da tenda da congregação não saireis por sete dias, até ao dia em que se cumprirem os dias da vossa consagração; porquanto por sete dias o Senhor vos consagrará. 34 Como se fez neste dia, assim o Senhor ordenou se fizesse, para fazer expiação por vós. 35 Ficareis, pois, à porta da tenda da congregação dia e noite, por sete dias, e fareis a guarda do Senhor, para que não morrais; porque assim me foi ordenado. 36 E Arão e seus filhos fizeram todas as coisas que o Senhor ordenara pela mão de Moisés.” (Arão e seus filhos precisariam viver durante uma semana do lado de fora da porta do tabernáculo, sem fazer parte da congregação dos filhos de Israel, nem estarem, ainda, ativos no serviço do templo: eles estavam em uma espécie de “terra de ninguém”. Eles não deveriam sair da porta… se o fizessem, morreriam.)

Observe que foi Moisés que fez tudo: todos os sacrifícios, a lavagem e a vestidura dos sacerdotes, a consagração com sangue e óleo. E ele fez tudo “como o Senhor lhe ordenou”. Moisés é um tipo de Cristo, e os sacerdotes representam o sacerdócio dos crentes. Cristo fez tudo para que nossos pecados fossem expiados e para que pudéssemos estar limpos diante de Deus. Ele colocou Seu sangue sobre nós e nos ungiu com o Espírito Santo. Um dia, Ele nos vestirá com vestes ‘para glória e beleza’, após o que ficaremos 7 dias à porta do templo celestial, à vista de todos, sem sermos nem parte da Terra nem, ainda, estarmos prontos para sermos apresentados a Deus. Como o leproso que deveria permanecer fora da porta de sua tenda por 7 dias, ou como ou o bebê recém-nascido que deveria permanecer com a sua mãe 7 dias antes de ser apresentado a Deus, o simbolismo do filho varão de Apocalipse 12:5 indica que os filhos purificados e redimidos de Deus — que também são sacerdotes — ficarão 7 dias na ‘porta’ entre o céu e a Terra, antes de serem levados à presença de Deus no 8º dia.

A Festa dos Tabernáculos

1. A Festa de Tabernáculos é uma festa de 7 dias seguida por uma assembleia solene no 8º dia, o qual também é conhecido como o ‘Grande Dia’. A cada ano, com a observância do 8º dia da Festa de Tabernáculos, o ciclo das Festas se encerra.

2. Novamente, há semelhanças entre a dedicação do recém-nascido primogênito do sexo masculino, a purificação do leproso, a ordenação dos sacerdotes; e as pessoas que celebram a festa dos Tabernáculos.

3.   Essa festa, em particular, era para ser alegre e comemorativa. Nenhuma das outras festas tinha o mesmo grau de alegria associado a elas. Celebrar com alegria durante essa festa, era, na verdade, um mandamento de Deus! Levítico 23:39 “ Porém, aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido os produtos da terra, celebrareis a festa do Senhor, por sete dias; ao primeiro dia e também ao oitavo, haverá descanso solene. No primeiro dia, tomareis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis perante o Senhor, vosso Deus. Celebrareis esta como festa ao Senhor, por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis.” Levítico 23:39-41

4.  O nascimento do primogênito do sexo masculino, a purificação do leproso e a separação do sacerdote para o serviço de Deus eram, todas, ocasiões para celebração e alegria.

5.  Os israelitas deveriam viver fora de suas casas por 7 dias: “Sete dias habitareis em tendas de ramos; todos os naturais de Israel habitarão em tendas, para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da terra do Egito. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” Levítico 23:42,43

6.  Neste momento, estamos vivendo em nossos lares temporários, os nossos corpos terrenos. Um dia, iremos habitar em nosso lar permanente, em nossos corpos transformados e glorificados, na Nova Jerusalém. As tendas ou cabanas onde as pessoas moravam, durante a Festa de Tabernáculos, retratam a natureza transitória e temporária de nossos corpos terrestres, que desaparecem, decaem e estão sujeitos à morte.

7.  Está chegando, contudo, um ‘8º dia’, quando a porta de nosso novo lar será aberta para nós.(“Depois dessas coisas, olhei, e eis uma porta aberta no céu!” Apocalipse 4:1) Entraremos nos aposentos do céu como um filho primogênito redimido e dedicado, que está destinado a governar, já tendo sido purificado de nossa ‘lepra’ e pecado. Estaremos vestidos com os corpos gloriosos e receberemos vestes que refletem nossa posição na vida… vestes sacerdotais criadas para nós por Deus, para ‘glória e ornamento’. Tudo isso é um presente gracioso de Deus. Ele fez tudo: destinou-nos, purificou-nos e consagrou-nos para o Seu serviço.

8. Acredito que esses exemplos bíblicos fornecem o padrão para um processo de 8 dias antes de voltarmos para casa. O processo é pessoal… não geral. Uma pessoa é purificada e consagrada na condição de indivíduo. Portanto, embora haja muitos crentes, apenas os sacerdotes/reis — os primogênitos fiéis que guardam o encargo do Senhor — irão no primeiro arrebatamento. (Obs.: não significa que só pessoas ‘perfeitas’ se qualificarão. Ninguém é perfeito. O ponto aqui é buscar se arrepender do que não estiver certo, buscar a comunhão com Deus, e se afastar do que não agrada a Deus, não viver uma vida de pecado consciente e voluntário, sem arrependimento).

9. Muitas vezes, as pessoas usam a celebração do casamento judaico de 7 dias como uma representação simbólica do fim dos tempos: com a Noiva e Cristo celebrando a ceia das bodas no céu por 7 anos, após o arrebatamento. Em nenhum lugar isso é dito nas escrituras. Sabemos que a antiga celebração do casamento judaico durava 7 dias, mas há uma grande distância para fazer uma comparação de dias com anos, e declarar, com autoridade, que esses 7 dias seriam equivalentes a “7 anos de celebração do casamento no céu”, coincidindo com uma “tribulação de 7 anos/ira” na Terra. De acordo com o Apocalipse, a Noiva só é “construída” a partir da 2ª Vinda de Cristo. Não se pode ter uma ceia de casamento sem a noiva, então sabemos que a ceia de casamento não pode ocorrer até algum tempo DEPOIS da batalha do Armagedom (quando os mártires da Besta, últimos componentes da Noiva, são ressuscitados, na 7ª Trombeta), e talvez não antes do fim do Milênio! E mais … que tipo de celebração seria, se o Noivo (Cristo) fosse imediatamente trabalhar, abrindo selos e conduzindo juízos durante a semana do Seu casamento? Isso é contrário a toda a ideia da festa de 7 dias, quando nenhum trabalho comum era feito! No entanto, sabemos que no arrebatamento dos crentes, Cristo estará trabalhando… não festejando… e nós também!

10. Embora a maioria das pessoas que estão esperando pelo retorno de Cristo esteja familiarizada com a imagem nupcial, a ceia das bodas, etc., há muito mais referências bíblicas a crentes como filhos de Deus, herdeiros, herdeiros de Cristo, sacerdotes, etc, do que referências aos crentes como parte da Noiva de Cristo. Ser ‘filho’ e ‘herdeiro’ é algo que temos como indivíduos, não como grupo. O(s) arrebatamento(s), ainda que em grupos, envolverá(ão) a remoção de crentes individuais da terra, não todo o Corpo de Cristo de uma única vez.

11. Acredito que o 8º dia será o dia em que os 144k e os novos crentes gentios receberão o Espírito Santo. A Festa de Tabernáculos é uma festa das primícias e, como tal, está ligada ao dom do Espírito Santo. Nas Primícias, o dia de Sua ressurreição, Jesus soprou o Espírito Santo sobre os discípulos (João 20). O Espírito Santo foi dado à igreja em Pentecostes, um outro festival da ‘colheita’ (Atos 2). Finalmente, o Espírito será dado ao povo de Deus do tempo do fim, no grande e último cumprimento do derramamento do Espírito descrito em Joel 2.

12. Apocalipse 5:6 descreve os ‘24 Anciãos’ como sacerdotes e reis, estando presentes no céu e, então, o Espírito é enviado “a todo o mundo”. “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra.” Depois que o Espírito é enviado, Jesus então pega o pergaminho (‘livro’) das mãos de Seu Pai. Enviar o Espírito será Seu ato final como Sacerdote antes de assumir Seu novo papel como Rei e Juiz: Ele enviará o Espírito de Deus sobre os 144k e os novos crentes gentios na Terra. Esta será a segunda transmissão do Espírito Santo para o 144k, mas a primeira para os crentes do mundo em geral (crentes que ainda não foram transformados e novos crentes).

13. Acredito ser bastante provável que os 7 dias em que estaremos aqui na Terra, após a nossa transformação, coincidirão com os 7 dias da festa dos Tabernáculos do calendário hebreu. Depois de passarmos pela porta do templo no 8º dia, o Senhor enviará o Espírito sobre Seus escolhidos.

14. Os sacerdotes/reis falecidos, do grupo dos ‘filhos que herdam’, que já estão no céu (os ‘mortos em Cristo’), receberão os seus corpos imortais e glorificados no céu… não na Terra. Eles receberão os seus corpos imortais no céu ao mesmo tempo que os crentes vivos (que também componham o grupo de ‘sacerdotes e reis’/’filhos que herdam’) terão os seus corpos transformados na Terra (de mortal para imortal), em um abrir e fechar de olhos. Isto é o que o ‘Anjo do Senhor’/Cristo está fazendo em Apocalipse 10: dando vida aos crentes do ‘mar da morte’ (com o pé direito sobre o mar) e transformando os vivos que estão na ‘terra’ dos vivos (com o pé esquerdo sobre a terra). Os 7 trovões/Espíritos, no céu, respondem ao O ‘rugido’ do Leão e a transação está completa: tanto os mortos quanto os vivos estarão em seus corpos imortais, em um piscar de olhos. Os ‘mortos’ são ressuscitados no céu e os vivos são transformados na Terra: os mortos em Cristo ressuscitam primeiro. Eles estarão no céu 7 dias inteiros antes de chegarmos no 8º dia, mas a transformação acontecerá ao mesmo tempo, no mesmo dia! Os anciãos ressuscitados aparecem em Apocalipse 4, sentados diante do trono de Deus.

15. Em Apocalipse 12, lemos que o dragão/Satanás tentará devorar o ‘filho’ assim que ele nasce. O ‘nascimento’ é o fato de termos os nossos corpos transformados em imortais… mas só seremos apresentados a Deus, no céu, mediante o arrebatamento, no 8º dia… momento em que o ‘filho’ será ‘arrebatado para Deus e o Seu trono’. Por 7 dias o ‘filho’ estará ‘com a sua mãe’… ou seja, ainda na Terra. Durante esse tempo, acredito que agiremos como os ‘anjos’/estrelas/mensageiros nas mãos de Cristo, compartilhando com os 144k a mensagem de salvação e de como ser vitorioso, e selando-os no Espírito Santo… ‘soprando’ sobre eles, para receberem o Espírito assim como Jesus fez com os Doze em João 20.

16. Jesus, com as ‘estrelas’ na mão, caminha entre os 7 candeeiros/castiçais na Terra… os 144k em todo o mundo. Nós, juntamente com Cristo, entregaremos as mensagens dadas às 7 igrejas (descritas em Apocalipse 2 e 3); aos 12.000 de cada uma das 12 tribos de Israel (acredito que o número 12.000 seja simbólico). Nós ‘brilharemos como estrelas no universo’ e levaremos muitos à salvação — advertindo-os e ensinando-os. Durante esse tempo, Satanás tentará neutralizar a nós e a nossa mensagem (“devorar o filho”), o que não será possível, mas ele fará o possível (junto com um terço dos seus anjos que ele já terá lançado à Terra para ajudá-lo). Não sabemos exatamente o que é a tentativa de Satanás de ‘devorar’ o filho.

17. Foi no oitavo dia — que foi o primeiro dia de Arão ministrando no templo — que a glória de Deus apareceu e Seu fogo desceu à vista de todo o povo.

Levítico 9:1-7 “E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão e seus filhos, e os anciãos de Israel. E disse a Arão: Toma um bezerro, para expiação do pecado, e um carneiro para holocausto, sem defeito; e traze-os perante o Senhor. Depois falarás aos filhos de Israel, dizendo: Tomai um bode para expiação do pecado, e um bezerro, e um cordeiro de um ano, sem defeito, para holocausto; Também um boi e um carneiro por sacrifício pacífico, para sacrificar perante o Senhor, e oferta de alimentos, amassada com azeite; porquanto hoje o Senhor vos aparecerá. Então trouxeram o que ordenara Moisés, diante da tenda da congregação, e chegou-se toda a congregação e se pôs perante o Senhor. E disse Moisés: Esta é a coisa que o Senhor ordenou que fizésseis; e a glória do Senhor vos aparecerá. E disse Moisés a Arão: Chega-te ao altar, e faze a tua expiação de pecado e o teu holocausto; e faze expiação por ti e pelo povo; depois faze a oferta do povo, e faze expiação por eles, como ordenou o Senhor.

Levítico 9:22-24: “Depois Arão levantou as suas mãos ao povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica. Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo. Porque o fogo saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.”

18. Da mesma forma, se o padrão se mantiver, em nosso primeiro dia de ministério no templo celestial, depois de passarmos da porta para a tenda celestial com Cristo, a glória e o fogo de Deus descerão uma segunda vez… uma repetição do fogo que desceu no Pentecostes, quando 120 + 3000 pessoas foram cheias do Espírito Santo prometido (veja Atos 2).

Outras considerações simbólicas para o número ‘8’:

  • Oito é o primeiro número cúbico (2 x 2 x 2). Isso é significativo porque o Santo dos Santos no Tabernáculo e no Templo de Jerusalém tinha a mesma altura, comprimento e largura – um cubo perfeito [1 Reis 6:20].
  • Oito é o número de nossa salvação e da 2ª Vinda. É o dia em que Cristo ressuscitou (o primeiro dia da semana equivale ao oitavo dia, o dia após o Sabbath) [Mateus 28:1-8; Marcos 16:1-8;Lucas 24:1-8;João 20:1-10].
  • Oito (okto em grego) dias após a ressurreição (na tradução literal do grego) Jesus apareceu aos seus discípulos uma segunda vez; desta vez com Tomé [João 20:26].
  • No dia 8º dia do nascimento de um menino israelita, ele entrava na Aliança do Sinai pelo ritual da circuncisão [Gênesis 17:10-12; Êxodo 22:29-30;Levítico 12:3].
  • No 8º dia da dedicação do Tabernáculo do deserto, Deus acendeu o fogo do altar do sacrifício. Esse dia foi comemorado no Festa dos Tabernáculos (Sukkot), que era uma festa de oito dias [Levítico 23:36-39].
  • Na ordenação de reis: somente no 8º dia o rei era oficialmente apresentado ou declarado rei.
  • As festas da Páscoa (14 de Nisan) e Pães Asmos (15 a 21 de Nisan ) duravam 8 dias, e marcavam o início do ano religioso [Levítico 23:5-8], enquanto a Festa de Tabernáculos durava 8 dias e marcava o fim do ano religioso.
  • O sacerdócio de Aarão e seus filhos era consagrado no 8º dia [Levítico 9:1].
  • Salomão terminou de construir o Templo no 8º mês do 7º ano [1 Reis 6:37-38; 8:1-2]. A celebração e dedicação durou oito dias [1 Reis 8:66].
  • As dimensões do Templo são baseadas no número oito [1 Reis 7:10].
  • Jesus ressuscitou no oitavo dia da semana de Sua paixão: o primeiro dia foi a entrada triunfal em Jerusalém, e o oitavo dia foi a Sua ressurreição. Ambos aconteceram no primeiro dia da semana, que é também o oitavo dia. (No dia seguinte ao 7º dia, que é o Sabbath) [Mateus 28:1; Marcos 16:1-2; Lucas 24:1-3].
  • Noé e a sua família ficaram sete dias na arca, antes de Deus fechar a porta e as chuvas começarem.
  • A gematria de Jesus em grego, Iesus, é 888 (I = 10, e= 8, s=200, o=70, u=400, s=200). Todos os nomes de Jesus são múltiplos de 8.

Conclusão

O 8º dia tem fortes conexões com os crentes, para o nosso arrebatamento e a nossa glorificação: ‘8’ representa uma nova vida, regeneração, ressurreição, recomeço e a mudança de um estado para outro:

  1. no 8º dia, um filho recém-nascido era circuncidado, de acordo com a lei;
  2. no 8º dia, o filho primogênito era oferecido a Deus (Êxodo 22:29,30);
  3. no 8º dia, o leproso era reintegrado como membro pleno da comunidade após a sua purificação, e era a autorizado a entrar em sua casa;
  4. no 8º dia, após a consagração de 7 dias de Arão e seus filhos como sacerdotes, eles iniciaram seu ministério sacerdotal (Levítico 9:1);
  5. no 8º dia (dia após o Sabbath, o 7º dia) Jesus ressuscitou, dando início a um novo começo para Ele e para nós;
  6. o 8º “Dia”, na eternidade, começará com a criação de um Novo Céu e uma Nova Terra, ocorrendo após o 7º Dia/Milênio.

O que podemos inferir desse estudo é que é, se o padrão for mantido, a transformação dos corpos dos crentes que forem considerados ‘primogênitos’ e dignos de estarem no primeiro grupo de ‘reis e sacerdotes’, acontecerá em um determinado dia (o 1º de uma contagem) e, uma semana depois (no 8º dia), ocorrerá o arrebatamento. O ‘bebê’ nasce, fica 7 dias com a sua ‘mãe’ e somente no 8º dia é apresentado a Deus, quando então ocorre a glorificação.

[Para ler um artigo que explica que a transformação dos crentes e o arrebatamento são eventos diferentes, veja este link].

Nós, crentes, como parte do grupo de sacerdotes do Tabernáculo de Davi, segundo a ordem de Melquisedeque, não temos nenhum dia de Festa que nos seja ordenado observar. No entanto, em decorrência da nossa conexão com o selamento do 144k (e, talvez, de outros), existe a possibilidade de que o nosso arrebatamento (o ‘nascimento’ / ‘ordenação ‘/ ‘boas-vindas’ do ‘8º dia’ no Templo celestial) e glorificação estejam relacionados ao 8º dia da Festa de Tabernáculos.

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